Ensinar. Acolher. Estimular. Compartilhar. Desenvolver. Todos são verbos que definem o ofício de professor, profissão cujo dia é comemorado em 15 de outubro. A data representa uma oportunidade para chamar atenção para a importância desse profissional que ajuda a formar cidadãos todos os dias.
Só no Brasil, de acordo com dados do Censo Escolar da Educação Básica, pesquisa anual realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), com escolas públicas e particulares, são mais de 2,2 milhões de professores em atuação no país.
Formada pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e trabalhando há quatro anos na Santa Casa da Bahia, mais precisamente no projeto Apoio Pedagógico, a pedagoga Patrícia Neves, de 32 anos, faz parte desse contingente. Patrícia conta que desde cedo já se identificava com a arte de ensinar. “No ensino médio, costumava ajudar os colegas e alguns deles diziam que compreendiam melhor os conteúdos comigo do que com os professores”, recorda.
Atualmente, dentro do projeto Apoio Pedagógico, ela se dedica a auxiliar, no processo chamado de leitura de mundo, crianças de oito a onze anos, que estão matriculadas em escolas da rede municipal de ensino. Sua missão é ajudar crianças que leem, juntam as sílabas, mas que não compreendem o significado das palavras e o sentido das frases. Patrícia conta que acompanhar o desenvolvimento das crianças no dia a dia é um dos seus combustíveis no exercício da profissão. “Sem falar do afeto e da energia que elas transmitem”, observa.
Dedicada ao ofício, Patrícia procura utilizar recursos lúdicos para ajudar nas dificuldades vivenciadas por cada criança e busca desenvolver entre a garotada o hábito e o gosto pela leitura. “Entendemos aqui que é a partir da leitura que outra nuance do mundo se revela: com muito mais conhecimentos e informações”, destaca a professora e acrescenta que as próprias crianças já reconhecem a leitura como uma fonte de satisfação e conhecimento.
O projeto da Santa Casa atende ao todo 150 crianças da rede municipal de ensino, que são divididas em três grupos: dois de letramento – para aqueles que têm dificuldades no processo de alfabetização na escola – e um de leitura de mundo, onde Patrícia atua.