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“Quero que meu trabalho ajude as pessoas”, afirma Jaguaracy dos Santos

Há 25 anos na Santa Casa, Jaguaracy tem uma trajetória de sucesso, desde auxiliar de farmácia até analista comercial III na Gerência Comercial (Gecom)

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A história de Jaguaracy dos Santos começou na Santa Casa da Bahia no dia 15 de setembro de 2000. Pouco antes do primeiro emprego, ele finalizava o Ensino Médio e estagiava no setor de contabilidade, em um departamento de infraestrutura e de transporte do estado da Bahia.

“Precisava ingressar no mercado de trabalho e comecei a entregar currículos nas empresas, até que fui chamado para trabalhar em uma loja de calçados, como vendedor”, conta. A experiência deixou o jovem decepcionado, já que não teria carteira assinada e precisaria vender para ganhar comissão. “A manhã inteira eu não vendi nenhum sapato e ainda teria que pagar pelo meu almoço. Por isso, decidi não voltar mais no período da tarde”, lembra.

Na semana seguinte, Jaguaracy recebeu uma ligação o convidando para uma entrevista de emprego na Santa Casa da Bahia, para a vaga de mensageiro.

“A sede administrativa da Santa Casa funcionava onde é hoje o Museu da Misericórdia. Eu não havia enviado currículo para a instituição, mas fui até o local. Uma colaboradora me recepcionou. Fiz a entrevista, o psicoteste e, pouco tempo depois, fui chamado para trabalhar como auxiliar de farmácia”.

A partir daí começou a história dele na Santa Casa da Bahia, trabalhando na Farmácia Satélite do 1º andar, no antigo Edifício Joaquim Neto do Hospital Santa Izabel (HSI).

“Na época, estavam implantando as farmácias satélites e a vaga era para substituir as férias de um colaborador. Comecei a receber feedback positivo e, poucos meses depois, fui convidado para ser responsável pelos pedidos de uma segunda farmácia satélite”.

Com o projeto de expansão das farmácias satélites para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), Jaguaracy passou a trabalhar na UTI coronariana.

“Lá eu fiquei até 2006, aproximadamente, trabalhando como auxiliar de farmácia. Até que, em uma certa noite, tive uma crise de coluna. Fui me abaixar e travei, literalmente. Senti uma dor muito forte. Fui para a emergência e descobri que estava com hérnia de disco”, descreve.

Jaguaracy precisou ficar afastado do trabalho. “Foi um processo difícil. Acabei ficando quase um ano e meio passando por avaliações médicas e aguardando as perícias. Nesse período de afastamento, em dezembro 2007, ele foi surpreendido por um acidente. “Faltava uma semana para o meu casamento e sofri um acidente de moto. Fraturei a tíbia e fíbula. Agradeço por ter sido atendido no HSI, pois comecei a ter febre, evoluindo com uma embolia pulmonar e entrando em coma. Fiquei cinco dias em coma e sem perspectiva. Foi uma situação muito grave, mas, graças a Deus e a toda equipe envolvida em meu atendimento, me recuperei. Após o coma, realizei uma cirurgia na perna e, doze dias depois, tive alta”, diz.

“Quando eu voltei a trabalhar, ainda com algumas restrições, percebi que a farmácia tinha passado por diversas transformações. Voltei na mesma função, porém, na farmácia do SUS. Na ocasião, ainda fazia fisioterapia e era acompanhado por uma médica neurologista do HSI, a quem tenho muita gratidão por ter me auxiliado a curar não só o corpo, mas, também a alma, e dar a volta por cima. Milagrosamente, todos as dores começaram a diminuir. Passei por diversas outras farmácias, até que fui designado para a Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico III, trabalhando com atendimento à UTI Cirúrgica Pediátrica e conhecendo ainda mais sobre o serviço de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), onde tive a oportunidade, neste período, em passar 2 meses trabalhando diretamente no setor de OPME, retornando posteriormente para o Centro III. Foi um mundo novo e eu permaneci por lá até 2016”.

Antes do acidente, em 2004, Jaguaracy havia iniciado o curso de Análise de Sistemas, mas não se identificou muito. Logo depois, passou no vestibular para Engenharia Elétrica com ênfase em Telecomunicações e Informática e começou a cursar, pois sempre gostou da área de exatas. Porém, com o acidente, teve que se afastar da faculdade e acabou perdendo a bolsa de estudos.

“Faltavam apenas 4 semestres para eu me formar. O projeto ‘Faz Universitário’ (Programa Estadual de Incentivo à Formação Universitária) tinha acabado, me afastando da faculdade até o final de 2016. Estava triste e desanimado com os estudos. Então, incentivado por minha família, bem como por minha farmacêutica imediata, retomei os estudos no início de 2017. Na ocasião, o coordenador do curso disse que eu deveria cursar todas as disciplinas novamente. Isso havia me deixado desanimado, mas, fiz o Enem, que possibilitou minha inscrição no PROUNI e SISU. Tive uma nota boa, passei para o curso de Engenharia Elétrica, no IFBA, mas acabei ganhando também uma bolsa de 50% na faculdade que eu fazia antes. Decidi voltar para minha antiga faculdade, onde consegui recuperar meu histórico e eliminei 90% das disciplinas que já havia cursado”.

Depois de realizar alguns processos seletivos internos, Jaguaracy passou a atuar no setor Comercial da Santa Casa.

“Na época, a Gerência Comercial (Gecom) se chamava Diretoria de Mercado. Abriu duas vagas, uma para Assessor de Relacionamento e outra para Assistente Administrativo. Me inscrevi para a vaga de assistente e passei. Daí começou uma nova trajetória, em 5 de novembro de 2017. Vim com muito medo da mudança, pois era desafiador e um mundo completamente desconhecido. Mas, como aprendi a ter facilidade para adequação de processos em minha vida, encarei com coragem e determinação este novo desafio. Em 2019 recebi minha primeira promoção e passei a atuar como Assistente Administrativo II”.

Em 2020, após a pandemia, o setor havia passado por restruturações, voltando a ser a Gerência Comercial. Na ocasião, foi atribuído um novo cargo para o setor: o de analista comercial. “Uma pessoa foi contratada para a vaga, mas como a demanda de atividades era alta, aos poucos, também colaborava com as atividades e, quando me formei, no inicio de 2021, fui promovido como analista comercial”.

Com o início do Plano de Desenvolvimento da Cultura Organizacional (PDCO), em 2021, promovido pela Gerência de Gestão de Pessoas (GGP), Jaguaracy passou a fazer parte do time de guardiões do projeto.

“Tive a honra de apresentar os resultados no Evento de Cultura promovido pela Santa Casa. Em 2024, expandimos o projeto de cultura, onde montamos um time de trabalho, envolvendo pessoas estratégicas de diversos núcleos da Santa Casa, para trabalhar em diálogo conosco no Projeto Conexão Comercial. No segundo semestre deste mesmo ano, fui promovido para o cargo de Analista Comercial III, no qual estou até hoje. Fiquei muito feliz pelo reconhecimento e pela certeza de estar no caminho certo. Toda vez que eu chego para trabalhar, é quase que um mantra que repito sempre ao subir as escadas da diretoria, para que meu trabalho possa realmente ajudar as pessoas que estão necessitando. Não é apenas preencher uma planilha, fazer um relatório ou enviar um e-mail. É a importância disso no final do processo”, destaca.

Jaguaracy completou 25 anos de Santa Casa no dia 15 de setembro deste ano e pode perceber, principalmente, o quanto é querido pelas pessoas.

“Nesses 25 anos tive muito aprendizado técnico, mas, aprendi também sobre relacionamentos, a lidar com pessoas diferentes, a ter empatia e acolhimento. Meu livro de cabeceira é ‘Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas’, de Dale Carnegie. Eu leio e releio sempre e ele combina com um dos nossos valores que é ‘a gente gosta de gente’”.

Quando questionado sobre qual conselho daria para quem está começando uma carreira hoje na Santa Casa, Jaguaracy destaca a importância de trabalhar com propósito. “Desde que cheguei aqui, aos 18 anos de idade, busquei sentido e propósito em cada ação. Foram as decisões que tomei que me fizeram evoluir e ser quem sou. Salário não é somente a parte financeira, mas, também é o combo do que adquirimos de aprendizado com os nossos relacionamentos profissionais diários. É importante se colocar à disposição para fazer bem feito e saber que você está aqui para contribuir, aprender e trabalhar com propósito. Eu sei de onde eu vim e para onde eu vou, pois quem não sabe onde deseja ir, qualquer caminho serve”, ressalta.

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